quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Todos Juntos pela Educação!!



Vídeo feito por alunos da rede municipal, explicando os motivos da nossa greve.

PROPAGANDA DA PREFEITURA NA REDE GLOBO SOBRE O NOSSO PCCS: DIREITO DE RESPOSTA

A violência dispensada, a meritocracia, a aprovação automática, as salas lotadas e quentes, o autoritarismo e a falta de diálogo da prefeitura já são motivos suficientes para mantermos a nossa greve. Porém, como a Prefeitura insiste em afirmar que as “maravilhas” do PCCS apresentado por ela, aí vão alguns esclarecimentos:

O QUE A PREFEITURA AFIRMA
O QUE OCORRE DE FATO
1º) A categoria pediu a aprovação do PCCS no prazo máximo de 30 dias e retomou a greve após 1 dia de atraso deste prazo
1º) O prazo de 30 dias foi solicitado, mas o plano deveria ter sido elaborado através de um GT composto por membros do SEPE. A greve só foi retomada quando o governo Paes apresentou este PCCS.

2º) O plano apresenta avanços para a categoria, equiparando PI e PII com o mesmo valor hora-aula, corrigindo “distorções históricas”.

2º) Primeiramente, a equiparação PI e PII é uma proposta nossa. Segundo, esta “correção” está prevista dentro de um indecoroso prazo de 5 anos!
3º) Quem não quiser ser PEF (professor do ensino fundamental que leciona várias disciplinas do 1º ao 9º ano) poderá continuar como PI ou PII, lecionado apenas a sua disciplina.
3º) Conheço vários colegas que se viram obrigados a sair de escolas que já lecionavam há   anos porque esta virou GEC (ginásio experimental carioca). Para ficar na antiga escola teriam que optar, necessariamente, pela polivalência. Os que escolheram não ficar precisaram “se virar” e procurar outra escola que acomodasse a sua carga horária. Além deste absurdo, pessoal, polivalência não é interdisciplinaridade, é engodo!

4º) O plano não obrigará que professores de 16, 22,5 e 30 horas a migrem para 40 horas

4º) O plano exclui 93% da rede que não possui esta carga horária. Como? O plano prevê a extinção progressiva dos cargos PI e PII, bem como estabelece retaliações salariais a quem não optar por esta carga horária. Sendo assim, temos escolha? Muitos profissionais possuem mais de uma matrícula, fazem mestrado e doutorado, dão aulas em outras escolas e em universidades e não querem ser “exclusivos” da Prefeitura. Além disso, fizeram concurso para esta carga horária e tem direito de nela permanecer.
5º) De acordo com o Plano apresentado pelo SEPE, o professor se aposentaria com 131 mil de salário.

5º) Nossa! Seria bom se fosse verdade. Nós merecemos, certamente. Porém, para chegar a este valor, eles fizeram o seguinte: aplicaram o valor de 5 salários mínimos (proposta do SEPE) ao salário de professor com nível médio 16 horas (detalhe: este cargo não existe na Prefeitura). Feito isso, eles elevaram o salário para o correspondente a um professor 40 horas com licenciatura plena. Não satisfeitos com esta “matemática mágica”, eles misturaram os direitos salariais de funcionários e professores, calcularam duplamente triênios e formação e... Pluft! 131 mil reais e o professor pode se aposentar em algum recanto paradisíaco deste mundo!
6º) O plano prevê a valorização do servidor por formação
6º) De acordo com o PCCS da Prefeitura um professor “qualificado" é aquele que tem mestrado e doutorado em Educação, ou seja, àquele professor que (como eu) optou pelo mestrado e doutorado em sua área de formação não possui “qualificações suficientes” para ser enquadrado por formação. 

Existem vários outros pontos problemáticos no PCCS apresentado prefeitura, apresentei aqui apenas os mais polêmicos.
Mas, diante do exposto, pessoal, fica a pergunta: Se este PCCS é tão maravilhoso assim, por que não discuti-lo com a categoria? Por que aprová-lo às pressas e sem a presença dos profissionais da educação? Assim como muitas outras (onde está o dinheiro do Fundeb, creio que esta pergunta Paes ainda não respondeu...


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Os amores de Napoleão


Bernadine, Josefine, Pauline, Georgina, Maria Luísa... foram muitos os "amores de Napoleão". Mas, nem sempre foi assim. Quando jovem, Napoleão Bonaparte era tímido e inexperiente "nas artes do amor". Sua baixa estatura e seu porte não muito atraente, levavam-o frequentemente a nutrir paixões platônicas. 
O tempo passou, e o general do exército francês e futuro Imperador da França, passou a ter uma impressão mais confiante de si. Partiu muitos corações, mas também encontrou quem partisse o seu.

Alunos do 8º ano, postem aqui as suas pesquisas sobre os "amores de Napoleão". Só não esqueçam de citar a sua fonte de pesquisa, ok?!

Bibliografia: SOUZA, Ranier. "As amantes de Napoleão". Disponível em: http://www.historiadomundo.com.br/francesa/as-amantes-de-napoleao.htm
                  NETO, Lira. "Os amores de Napoleão". Disponível em: http://maniadehistoria.wordpress.com/os-amores-de-napoleao/

CARTA AOS PAIS E RESPONSÁVEIS DE ALUNOS DO MUNICÍPIO SOBRE A GREVE

Há 19 anos que os professores e funcionários de escolas não realizavam uma greve como esta que se encerrou no dia 10 de setembro. 
Há 5 anos, desde que o prefeito Eduardo Paes assumiu, o nosso sindicato buscava, sem sucesso, ser recebido para discutir sobre os rumos da educação pública na nossa cidade. 
Apenas com esta forte e histórica greve de 33 dias, a categoria de profissionais de educação conseguiu ser recebida em audiência para negociar com o governo, que se mostrava autoritário, arrogante e prepotente, nada preocupado com a situação da educação pública.
Foram várias audiências com o governo ao longo desses dias, com ameaças de demissão e corte de ponto, mas a categoria manteve-se firme no seu objetivo de alcançar avanços na construção de uma educação pública de qualidade para os filhos da população carioca.
A paralisação do dia 17 de setembro objetivou a apresentação do Plano de Cargos e Salários (PCCS) a categoria para ser votado na Câmara dos Vereadores. No entanto o Prefeito enviou tal plano sem a participação do SEPE descumprindo o acordo. Além disso, o plano está longe de atingir as nossas reivindicações. Esses seriam motivos mais do que justos para o nosso retorno imediato à greve, porém, em respeito aos alunos e responsáveis e, como voto de confiança ao prefeito, a assembleia decidiu manter as aulas por 48 h, a fim também de esclarecer a comunidade os motivos pelo provável retorno ao movimento.
É necessário ressaltar que a mídia (TV, rádio, jornais, etc.) não tem passado fielmente a real situação da Educação do Município do RJ, mas somente reproduzido a fala do governo, passando a imagem de que os servidores estão reclamando injustamente (“de barriga cheia”). Um exemplo disso é que o salário divulgado pela impressa corresponde a um projeto de professor, denominado Professor de Ensino Fundamental (PEF), o qual ainda não existe na rede.
Devido a tudo isso, na última 6ª feira (dia 20/09/13), os servidores municipais retornaram à greve, já que as negociações não avançaram.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Greve dos profissionais da educação da rede municipal do Rio de Janeiro (agosto-setembro/ 2013)

Na última terça-feira (10/9), os profissionais da educação da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram retornar ao trabalho, mas mantendo o estado de greve. Isso significa que retomaremos as nossas atividades, mas ao primeiro sinal de retrocesso por parte do governo (muito comuns nestes tempos em que o legislativo e o executivo se reservam o direito de proibir o direito de manifestação e livre pensamento), a greve será reiniciada.

Nestes 33 dias de paralisação, foram muitos os desafios: ameaças e intolerância das autoridades, a invisibilidade concedida pela grande imprensa ao movimento, a relutância da sociedade em nos apoiar...Tudo isso somado assédio moral praticado por muitos diretores de escolas, a dificuldade de diálogo com alguns colegas (que por temor ou por convicção, não aderiram à greve), à miopia de alguns líderes que insistiam em considerar os "desmandos partidários" maiores do que as "demandas da categoria"... Enfim!  Muitos pensaram, até eu mesma - confesso - que o nosso movimento a qualquer momento, arrefeceria.

Porém, seja pelo "cansaço de engolir sapos" ou por um "salário como dos professores da Finlândia"  (para fazer menção aqui de alguns cartazes que pude vislumbrar nas passeatas e atos que fizemos), os educadores (ou seja, professores, merendeiras, auxiliares de creche, funcionários de administrativos e de apoio) insistiram na luta e redescobriram uma antiga lição que pareciam ter esquecido:  de que era preciso lutar. Embaixo de chuva e de sol, com máscaras do Woody Allen (sim, as máscaras também estiveram presentes em nosso movimento) ou de "cara limpa", os educadores seguiram em frente motivados por um sentimento comum: o direito à educação.

A LUTA DEVE SER CONTÍNUA E COTIDIANA. NÃO DESISTIREMOS. A NOSSA PAUTA É EXTENSA, URGENTE E SE FAZ NECESSÁRIA. 


Foto
Foto

terça-feira, 25 de junho de 2013

O gigante nunca dormiu, apenas cresceu.

Fotografia de uma manifestação contra o aumento dos bondes, ocorrida em São Paulo em 1958. Fonte: https://pt-br.facebook.com/pages/PSOL-Niter%C3%B3i/226745290686260

Não é de hoje que a multidão ganha às ruas para lutar pelos seus direitos.  Aumento do custo de vida, luta pelos direitos civis, desacordos entre a política de Estado e o que a população espera dele. Vasculhando a internet em busca de notícias sobre os protestos que varreram o país nas últimas semanas, deparei-me com esta fotografia. Ela me fez lembrar uma pesquisa que realizei há alguns anos, sobre protestos que ocorreram no Brasil durante o governo Sarney.  Um deles em particular me chamou a atenção.  Ele aconteceu em Brasília, em 28/11/1986, logo após o anúncio do Plano Cruzado II.  Assim como ocorrido nos protestos nas últimas semanas na capital federal, os manifestantes também ocuparam a Esplanada dos Ministérios e “a ira popular” – como comumente era referenciada nos jornais – também acabou com cenas de violência, com carros incendiados, alguns feridos e inúmeros presos.
 Vinte e sete anos após este acontecimento, milhares de pessoas em diversas cidades brasileiras foram às ruas.  À frente dos protestos não mais a CUT ou o PT – que juntamente com outros partidos foram profundamente rechaçados nestas últimas manifestações, mas os movimentos sociais – horizontais e apartidários, mas não antipartidários (que fique claro). Da mesma forma que no passado, a alta do custo de vida - que estivera no cerne das manifestações naqueles recessivos anos 80, ainda são a tônica das manifestações de hoje, que assomadas às bandeiras das mais diversas, mas em especial: repúdio à corrupção, mais investimentos na saúde e educação e principalmente, mais participação nas decisões políticas do país que ainda persiste em manter suas instituições obstaculizadas e absortas em um arcaísmo que não mais os representa.  
Desde 1986 (e certamente bem antes disso), os princípios da democracia são colocados em pauta nestas manifestações. “A democracia é assim mesmo”, afirmava Eliane Cantanhede em sua coluna no JB em 1986, ao comentar os protestos. Nas manifestações de 2013, “a democracia” é reverenciada pela imprensa e pela classe política que categoricamente – e estrategicamente - declara o seu apoio aos protestos e por vezes até, acham-nos “bonitos”.
Bem, que os discursos sobre a “beleza da democracia” estão bem distantes da prática não é novidade para ninguém, mas o que assistimos nas últimas semanas no Rio de Janeiro beira a aberração: como falar em democracia diante de uma polícia treinada para atirar a esmo (vide não só manifestações no centro do Rio na última quinta-feira, mas a “ocupação” da polícia ocorrida esta noite na favela da Maré)? Como associar os princípios de um regime democrático de direito com uma polícia que prende para “averiguações” e que ainda afirma estar agindo “com inteligência”?
A falência das instituições políticas da democracia dita representativa é patente, mas o seu mal é remediável .  A população exige representação e os canais para isso devem incluir a sua participação direta. Um plesbicito para realizar uma reforma política no país é bem vindo e ela não se resume apenas em uma dúzia de palavras para arrefecer os ânimos. A preparação para tal deve começar hoje e agora; nas ruas e nas escolas, nas cidades, nos bairros e na sala de casa.  E não se enganem Josés Agripinos da vida, esta não é apenas uma discussão para congressistas ou parlamentares, ela também pertence – e acima de tudo pertence – a  todos nós.


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Revolução Industrial (Estudo Dirigido)


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
(Estudo Dirigido)

     No séc. XVIII surgiu na Inglaterra as primeiras indústrias do mundo. As antigas manufaturas vão dando lugar a fábricas capazes de produzir grande volume de mercadorias
      A moderna sociedade industrial começava a se estruturar. Surgiriam várias novidades: meio de transporte velozes, tecnologias avançadas, grandes cidades...
O economista inglês Adam Smith escreveu o livro A riqueza das nações refletindo o otimismo burguês em relação a indústria e o livre mercado.
    Os capitalistas enriqueceram rapidamente. Mas o proletariado, (trabalhadores assalariados) da indústria trabalhavam muito e recebiam pouco. Para lutar por seus direitos, organizaram os sindicatos e promoveram greves.

O pioneirismo inglês


           Como principal potência econômica do século XVII, a Inglaterra acumulou grandes riquezas. Assim, durante o século seguinte, o país possuía grande disponibilidade de capitais para aplicar na industrialização.
           Com isso, podemos apontar alguns fatores que fizeram com que a Inglaterra fosse a pioneira a realizar a sua Revolução Industrial.

- Acumulação Primitiva de Capital – O corsarismo (pirataria), o tráfico de escravos, o empréstimo de dinheiro a juros, o comércio ultramarino. Estes são apenas alguns fatores que fizeram com que a Inglaterra enriquecesse mais diante dos demais países. Esta Acumulação Primitiva de Capital ofereceu condições propícias para que a Inglaterra realizasse a sua Revolução Industrial.
- Revolução Gloriosa (1688-1689) – Esta Revolução estabeleceu a supremacia do Parlamento sobre a Monarquia, possibilitando maior participação da burguesia na vida política e econômica do país.
- Cercamento dos campos (enclouseres) – Nos séculos XVI e XVII, muitos nobres ingleses haviam expulsado milhares de camponeses de suas terras para transformá-las em pastagens para a criação de ovelhas, cuja lã era vendida como matéria-prima para a produção de tecidos. Este procedimento provocou uma grande migração de mão-de-obra do campo para as cidades, que ficou assim disponível para trabalhar nas futuras indústrias.
- Jazidas de carvão e ferro – A Inglaterra possuía em seu território grandes jazidas de carvão e ferro, matérias-primas indispensáveis à confecção de máquinas e geração de energia.

Os avanços da ciência e da tecnologia

           O capitalismo industrial estimulou os pesquisadores a aperfeiçoar a indústria. Eis algumas invenções deste período:
Ø  Máquina a vapor – aperfeiçoada pelo inglês James Watt, em 1765.
Ø  Locomotiva – inventada pelo inglês Stepheson, em 1825.
Ø  Barcos a vapor – inventado pelo norte-americano Fulton, em 1807 e aperfeiçoado pelo inglês Robert Wilson, em 1827.
Ø  Telégrafo – inventado pelo norte-americano Richard Morse, em 1844 e aperfeiçoado pelo inglês Robert Wilson, em 1827.
Ø  Fotografia – criada pelo francês Daguerre, em 1839.

Mão-de-obra barata

           A mão-de-obra das fábricas era constituída por antigos camponeses que haviam deslocado para as cidades, além de artesãos, que com o desenvolvimento industrial tiveram seus negócios arruinados. Eles formavam o grupo mais numeroso e pobre da população urbana.
        Os operários, inclusive mulheres e crianças, eram superexplorados: recebiam salários baixíssimos, as condições de trabalho eram extremamente duras e a jornada de trabalho podia chegar a 14 horas diárias. Além disso, eram proibidos de se associarem para reivindicar seus direitos.
     Como podemos verificar, as relações entre os proprietários das indústrias (alta burguesia) e os operários eram de exploração extrema. E forma essas relações que deram origem aos movimentos operários. Foi também a partir da constatação de profundas desigualdades sociais que vários pensadores sociais passaram a se opor ao liberalismo econômico.
          Eles propunham novas teorias de organização social, englobadas sob denominação de socialismo, que mais tarde serão imortalizadas no Manifesto Comunista (1848) escrito por Karl Marx e Frederich Engels.

Consequências da Revolução Industrial

-   maior divisão do trabalho
-   crescente urbanização
-   declínio do artesanato
-   consolidação do sistema capitalista de produção
-   expansão do colonialismo
-   desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação
-   surgimento do proletariado
-   difusão das idéias socialistas e do movimento sindical

Exercícios

1. Cite os fatores que levaram os pioneirismo inglês na Revolução Industrial.
2.   Explique como uma revolução polítca (Revolução Gloriosa) teve influência na Revolução Industrial.
3.   Associe a expulsão de camponeses de suas terras no campo e a produção de mão de obra barata nas cidades durante a Revolução Industrial inglesa.
4. Explique como a Inglaterra conseguiu reunir capital para “patrocinar” a sua Revolução industrial.
5. Cite três invenções da Revolução Indutrial.
6. Caracterize a vida do operariado inglês durante a Revolução industrial.
7.Os operários aceitavam pacificamente a superexploração a que eram submetidos? Justifique.
8. Cite quatro consequências da Revolução Industrial.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Os Inconfidentes

        

       Mineiros, baianos, cariocas, pernambucanos. Negros, índios, brancos, pardos, mulatos. Ricos e pobres. Livres e escravos. Durante os séculos XVIII e XIX, muitos homens de diferentes origens e condições sociais engajaram-se em lutas pela Independência do Brasil. O "sentimento nacional" ainda era incipiente e aparecia difuso em reivindicações que variavam muito entre si. República? Monarquia? Federalismo? Unitarismo? Abolição da escravidão? Permanência da economia sustentada pelo cativeiro  de seres humanos? Voto censitário ou universal?. As divergências eram muitas, apesar da Independência ser uma bandeira comum a todos.
         Prezados alunos do 8º ano, postem aqui as suas pesquisas sobre os "Inconfidentes". Sim, sim, é claro que a pesquisa sobre o mais "pop" dos Inconfidentes - Tiradentes - está valendo. Até porque, como vimos em sala de aula, existem informações muito contraditórias sobre ele. Porém, outros "heróis nacionais"  foram muito importantes para a luta pela Independência do Brasil, mas devido à sua baixa condição social  e/ ou cor da pele, a História oficial fez questão de silenciar. 
       Seguem abaixo algumas indicações para pesquisa, mas se por acaso encontrar algum nome que não consta nesta lista, fiquem à vontade para postar. Só não esqueçam de colocar a bibliografia, ok?!

- João de Deus do Nascimento
- Manoel Faustino dos Santos
- Luiz Gonzaga das Virgens
- Lucas Dantas Amorim Torres
- Claudio Manoel da Costa
- Tomás Antônio Gonzaga
- Frei caneca
- Domingos José Martins

Boas pesquisas!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

"Um celular na mão e várias ideias na cabeça"

Cena do filme "Cinema Paradiso" (1988), de Giuseppe Tornatore.

Para fazer o "cinema novo" no Brasil , Glauber Rocha dizia que bastava "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". Naqueles fervilhantes anos 1960, a "novidade" do cinema de Glauber era resultado das mudanças que ocorriam em nosso país naquele período. Em suas palavras: " Nosso cinema é novo porque o homem brasileiro é novo e a problemática do Brasil é nova e nossa luz é nova e por isso nossos filmes nascem diferentes dos cinemas da Europa".
Inspirados nestas reflexões de Glauber, é que pensamos no projeto: "Um celular na mão e várias ideias na cabeça". Projeto nascido das aulas de História das turmas de 8º ano (1801, 1804 e 1806) da Escola Municipal Rosária Trotta, situada no bairro de Campo Grande na cidade do Rio de Janeiro. Afinal, os tempos são outros e "o novo homem brasileiro" (no caso aqui, jovens homens e mulheres) tem muito a dizer e mostrar.

Bibliografia: http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2007/11/22/glauber-rocha-e-o-cinema-novo-editoria/

Abaixo, você poderá assistir aos vídeos produzidos pelos alunos denunciando problemas cotidianos do bairro onde vivem e estudam.


ASSISTA!

 









quarta-feira, 13 de março de 2013

Mulheres iluministas (8º ano)

             "As mulheres têm o direito a ter os seus representantes, e vez de serem governadas arbitrariamente, sem que sejam diretamente tomadas em consideração nas deliberações do governo".

(Mary Wollstonecraft Shelly)



        Mary Wollstonecraft nasceu em Londres, em 1759 e faleceu em 1797, com apenas 38 anos de idade. Devido à opressão vivida junto ao lar paterno, Mary saiu de casa aos 18 anos, adquiriu independência econômica através de emprego, assumiu uma união sem casamento e teve uma filha. 
       Para além de suas desventuras de uma mulher independente que vivia indubitavelmente, "à frente do seu tempo", Mary se destacou como escritora, pensadora e acima de tudo, defensora dos direitos das mulheres em um momento em que se falava apenas dos "diretos dos homens".    
       Em seu livro - "Vindication of the Rights of Woman (1790)", Mary defendia a independência econômica feminina, tecia críticas às leis e à educação formal da época e discursava a favor da igualdade de oportunidades entre os sexos. 
         Leitora de Rosseau e Locke e de outros pensadores iluministas e reformistas,  Mary Wollstonecraft foi uma das precursoras do feminismo.
        Aproveitando que estamos em março - mês internacionalmente conhecido como de homenagem às mulheres - e que estamos abordando o Iluminismo em sala de aula, vamos pesquisar mais sobre estas "mulheres iluministas"? Abaixo, segue uma pequena lista de alguns nomes possíveis, mas fiquem à vontade para pesquisar outros. Ah! E não esqueçam de colocar a bibliografia no final, ok?!

- Mary Astell
Catharine Macaulay
- Adília Maia Gaspar
- Olympe Gouges
- Marquesa de Chatêlet

Boas pesquisas!
  
Bibliografia:

http://www.liberal-social.org/mary-wollstonecraft
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Wollstonecraft
AMARAL, A. João Seabra do. O sussurro e o grito em Mary Wollstonecraft. Escola Secundária João Gonçalves Zarco. Disponível emhttp://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4216.pdf
GOMES, Anderson Soares. Mulheres, sociedade e iluminismo: o surgimento de uma filosofia protofeminsita na Inglaterra do séc. XVIII. Matraga, rio de janeiro, v.18 n.29, jul./dez. 2011. Disponível em: 

Estudo Dirigido - Tema: Iluminismo


ILUMINISMO

"O homem é bom por natureza a sociedade que o corrompe”.

(Rosseau)

      No século XVIII, alguns intelectuais europeus passaram a questionar o Antigo Regime. O Absolutismo, o monopólio mercantilista e o abuso de poder por parte da nobreza, pareciam estar com seus dias contados quando as idéias de Diderot, D’Alembert, Montesquieu , Rosseau, Locke, Voltaire, entre outros, passaram a conquistar pelo menos parte da população, “iluminando” as idéias de uma elite letrada.

As origens

         Ao longo do séc. XVII, as práticas e valores defendidos pelos renascentistas foram reafirmados e ampliados por pensadores como Francis Bacon (filósofo inglês; 1561-1626), René Descartes (matemático francês; 1596-1650), Isaac Newton (astrônomo inglês; 1642-1727) entre outros. A produção cultural de todos esses intelectuais era reflexo dos tempos modernos.
        A partir do século XVIII, desenvolveu-se na Europa um movimento cultural que ganharia o nome de Iluminismo ou Ilustração. Segundo os principais pensadores que deram origem a esse movimento, a razão era a luz capaz de afastar nas trevas que dominavam o mundo europeu, provocadas pela ignorância e supertição características da Idade Média.
       Na França, a partir de 1751, o matemático D’Alembert e o filósofo Didertot dirigiram a publicação da famosa Enciclopédia. Mais de trezentas pessoas colaboraram escrevendo artigos especializados. Por causa dela os iluministas também foram chamados de Enciclopedistas. A publicação da Enciclopédia, que reunia em uma só obra diversos assuntos desde temas ligados à filosofia e política até os passos para a fabricação de uma chocadeira (revelando claramente a influência burguesa do movimento) vai ser o marco inicial do movimento iluminista. Em várias ocasiões a Enciclopédia foi censurada, passando a ser divulgada clandestinamente.

Principais características

No pensamento – Para os iluministas, somente através da RAZÃO que era possível chegar ao conhecimento. Era a razão, e não a fé, a luz que iluminaria as trevas da ignorância, do obscurantismo e da surperstição que dominavam a sociedade daquela época.Crítica à Igreja Católica, embora não negassem a existência de Deus.

Na política – Queriam substituir o Absolutismo Monárquico por um governo com base na vontade popular, com a igualdade de direitos.

Nas relações sociais – Queriam a supressão da sociedade estamental ou seja, da sociedade dividida em classes sociais rígidas (estados) sem possibilidade de mobilidade (apoio da burguesia) e liberdade de culto e de expressão.Defendiam a igualdade jurídica, que tem como princípio básico a igualdade de todos perante a lei.

Na economia – Desejavam substituir o mercantilismo pelo livre comércio (liberalismo). Eram a favor da defesa da propriedade privada (inspiração burguesa).

Principais representantes

Voltaire (1694-1770): Foi um dos maiores críticos do Antigo Regime e da Igreja. Defendeu a liberdade de pensamento e de expressão. Como forma de governo, era a favor de uma monarquia esclarecida, na qual o governante fizesse reformas influenciado pelas idéias iluministas.
Montesquieu (1698-1755): Propunha a divisão do poder em executivo, legislativo e judiciário, mantendo-se os três em equilíbrio permanente. Defendeu ainda a posição de que somente as pessoas de boa renda poderiam ter direitos políticos, ou seja, direito de votar e de candidatar-se a cargos públicos.
Rousseau (1712-1778): Este pensador francês, distinguiu-se dos demais iluministas por criticar a burguesia e a propriedade privada. Considerava os homens bons por natureza e capazes de viver em harmonia, não fosse alguns terem se apoderado da terra, dando origem à desigualdade e aos conflitos sociais. Propunha um governo no qual o povo participasse politicamente e a vontade da maioria determinasse as decisões políticas.
John Locke (1632-1704): Defendia que o governo deveria ter seu poder limitado. Para este pensador inglês, os homens formavam a sociedade e instituíam um governo para que este lhes garantisse alguns direitos naturais, como o direito à vida, à felicidade, à propriedade, etc. Por isso, caso o governo abusasse do poder, poderia ser substituído. Outra de suas afirmações era que todos os indivíduos nascem iguais, sem valores ou idéias preconcebidas.     
Despotismo Esclarecido

    As idéias iluministas difundiram-se por toda a Europa, onde encontrou ouvidos atentos, principalmente por parte da burguesia, a mais interessada em modificar a situação. Sendo assim, os monarcas reagiram. Uns, como o da França, de maneira a reprimir tais idéias. Outros, como os de Portugal, Espanha, Áustria, Rússia e Prússia, adotaram o chamado DESPOTISMO ESCLARECIDO.
       O Despotismo Esclarecido nada mais é do que a conciliação das práticas absolutistas com as idéias iluministas. Ou seja, o Antigo Regime continuava existindo, com os seus privilégios assegurados, o absolutismo e o mercantilismo. No entanto, eram realizadas algumas reformas inspiradas no Iluminismo. 

Exercícios de fixação

1) Defina Iluminismo.
2) Qual foi o livro considerado símbolo do Iluminismo? Por que ele foi censurado?
3) Explique as críticas dos iluministas à Igreja Católica.
4) De uma maneira geral, que tipo de governo os iluministas criticavam?
5) O que os iluministas argumentavam sobre os privilégios obtidos pelo "berço" (como ocorria com os nobres, que já nasciam com prestígio econômico, social e político)? 
6) Explique o significado dos conceitos abaixo, procurando identificar  o pensador que os defendia.
a) Divisão de poderes.
b) Despotismo esclarecido.

Acesse também a aula sobre Iluminismo do Educopédia (SME/ Prefeitura do RJ) disponível no link: 
http://www.educopedia.com.br/Cadastros/Atividade/Visualizar.aspx?pgn_id=69754&tipo=2



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sejam bem vindos alunos da Escola Municipal Rosaria Trotta!




Caros alunos,


Este espaço foi criado com objetivo de ampliar ainda mais os nossos canais de comunicação. Aqui, poderemos trocar ideias sobre os projetos que desenvolvemos na escola, bem como debatermos assuntos que abordamos em sala de aula referentes à disciplina História.


Aproveitem este espaço! Ele é nosso! Aqui, juntos, escreveremos a nossa História.    


"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar.
É melhor tentar, ainda que em vão que sentar-se, fazendo nada até o final.
Eu prefiro na chuva caminhar, que em dias frios em casa me esconder.
Prefiro ser feliz embora louco, que em conformidade viver".


Martin Luther King (Pastor, teólogo, lutou em defesa dos direitos civis dos negros nos EUA nos anos 1960; foi assassinado por um opositor em 1968. Saiba mais em: http://educacao.uol.com.br/biografias/martin-luther-king.jhtm).